A dermatite atópica é uma condição crônica da pele que causa inflamação, coceira intensa e erupções cutâneas. Segundo pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, a doença genética afeta de 15% a 25% das crianças e cerca de 7% dos adultos no Brasil. A partir de diversas pesquisas, os estudantes do Colégio Estadual Antônio Batista, do município de Candiba (BA), Bruna Hellen, Evelyn Fernandes, Ranielle Matos, com orientação de William Oliveira, desenvolveram um sabonete utilizando plantas medicinais da região para combater os efeitos dessa patologia.
O sabonete é feito com base nas folhas de pitanga, pó de aroeira e o própolis, produto elaborado pelas abelhas. Bruna destaca os benefícios do produto natural. “Não conhecemos nenhuma outra proposta natural especificada para o tratamento exclusivo da dermatite. Nosso sabonete pretende tratar as erupções cutâneas da dermatite, se adaptar aos demais tipos de dermatite, mesmo com as suas diferentes causas, limpar a pele ressecada e descamada, sem agredir, e atuar como anti-inflamatório, ou seja, cuidar dos ferimentos causados pelo ressecamento”.
A estudante revela que a proposta surgiu quando a equipe precisou criar um projeto para uma feira de ciência e identificou que uma de suas integrantes sofria de dermatite. “Após muitas pesquisas de como fazer um produto eficiente para a sociedade, nasceu a ideia de desenvolver um sabonete natural para tratamento de dermatite atópica, pois uma das integrantes do grupo possui a patologia. Desenvolvemos o sabonete mais natural possível e com o intuito de ajudar e fornecer um produto de alta qualidade para as pessoas”.
O projeto participou da Tenda da Ciência, feira promovida pelo Instituto Federal Baiano (IFBaiano), Campus Guanambi, e foi premiado com uma bolsa de quatro meses do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “Nós tivemos ótimos resultados com o sabonete, o que tornou nosso produto muito conhecido no município. Nosso próximo passo é testar o sabonete em outros tipos de inflamações e estudar a sua eficácia na pele das pessoas”, projeta Bruna.
A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) estreou no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail ascom@secti.ba.gov.br.
Fonte: SECTI.