Projeto de lei propõe que São João seja realizado em dezembro na Bahia

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Deputado estadual alega que ação aquecerá a economia

Algumas cidades baianas já haviam anunciado que, por causa da pandemia do novo coronavírus, a tradicional festa junina teria que ser cancelada neste ano. Contudo, um projeto de Lei que tramita na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) apresenta uma nova solução: que a festa seja realizada no mês de dezembro. Com isso, segundo BNews, dia 12 de dezembro (sábado), seria feriado e os dias 10 e 11 seriam pontos facultativos.

O autor do projeto, o deputado estadual Marcell Moraes (PSDB), defende a proposta e diz que, com o cancelamento do São João, a Bahia perde um importante momento para aquecer a economia: Ele explicou: “As cidades de pequeno e médio porte do interior são beneficiadas de forma direta ou indireta, por que há mais pessoas circulando pelas estradas, procurando casas para alugar ou hotéis, além da alimentação e outros. São muitos setores envolvidos e com lucro. Por prudência por causa da pandemia, infelizmente, toda essa dinâmica será prejudicada”.

Antes da proposta, prefeitos de 15 cidades da Chapada Diamantina haviam, no último dia 9, assinado um documento onde firmaram um acordo para cancelar o evento. Este acordo expõe que a decisão foi tomada seguindo a “recomendação administrativa do Ministério Público de Contas do Estado da Bahia, que recomenda aos municípios baianos a não realizar festejos juninos ou evento de qualquer natureza utilizando recursos públicos durante o período de combate à Covid-19”.

Os prefeitos das regiões onde acontecem as maiores festas de São João da Bahia, como Senhor do Bonfim, Cruz das Almas, Santo Antônio de Jesus, Amargosa, Irecê, Seabra, Miguel Calmon, Itaberaba, Piritiba e Ibicu também adotaram a mesma postura e cancelaram o evento.

De acordo com a Federação do Comércio da Bahia (Fecomércio), caso a medida seja aceita, ela afetará positivamente a economia do estado. Além de afetar o turismo, deve provocar uma retratação nas vendas das cidades, especificamente nos setores de vestuário e supermercados, que foram mais afetados com a não realização da festa.

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