Não é emprego, não tem retorno financeiro e nem é garantia de imunidade, mas muitos baianos aceitaram ser voluntários da pesquisa da Universidade de Oxford, do Reino Unido, que está desenvolvendo uma vacina para a covid-19 em parceria com a biofarmacêutica AstraZeneca. Nesta segunda-feira (20), cientistas afirmaram que a droga é segura e funciona.
Segundo o médico Claudio Ferrari, diretor de comunicação do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, responsável pelo estudo em Salvador, cerca de dois mil baianos se inscreveram. O número exato, no entanto, não foi divulgado pelo grupo, que ainda precisa e pede que mais voluntários façam a inscrição.
“É importante termos um número de inscrições muito maior do que o de voluntários que serão recrutados, visto que muitos acabam não sendo aproveitados por diferentes razões, como, por exemplo, baixa exposição ao vírus ou voluntários já imunizados, por ter tido uma infecção assintomática”, disse Ferrari.
Ao todo, 50 mil pessoas participam dos testes em todo o mundo, sendo 10% delas no Brasil. Os brasileiros estão previstos para receber a dose na terceira fase de vacinação. Os resultados positivos até aqui são das duas primeiras fases dos testes de imunização. Ainda está sendo estudado o protocolo, mas cientistas acreditam que o efeito deve ser reforçado com uma segunda dose.