A perspectiva de crescimento do gado bovino, nos rebanhos baianos, vem despertando a atenção dos produtores para o desenvolvimento de inovações tecnológicas de mecanização da colheita da palma-forrageira.
O tema foi motivo de encontro promovido pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), chamado TechPalma 2020, com a participação de representantes da Bahia e de outros estados nordestinos.
A planta é tida como a principal alternativa de alimentação de rebanhos bovinos do semiárido nordestino. Além de servir como forragem, ela é resistente à seca e às altas temperaturas e contribui para o fornecimento de água aos animais.
– Com a baixa incidência de chuvas, as áreas não utilizadas para a agricultura podem ser destinadas para a criação de animais, e a palma-forrageira tem se mostrado um alimento essencial para atender a essa demanda crescente do rebanho no sertão – explica o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faeba-PB).
Cultivo – A palma é cultivada em larga escala no semiárido baiano e utilizada ao longo do ano, como alimento fundamental na nutrição dos rebanhos e sustentabilidade de algumas das principais bacias leiteiras do Nordeste.
A importância de cultivar a palma em regiões onde a vegetação não é habitual também pode ajudar no caso de necessidade de reforço alimentar, pois o gado gosta de nutrir-se da palma-forrageira, pois acostumou-se a seu paladar.
A palma-forrageira vem ajudando na crescente produção de leite na Bahia, hoje em mais de 115 milhões de litros, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).