Entenda por que a vacinação é chave para evitar o retorno de doenças imunopreveníveis

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Foto: Thiago Paixão

A proteção garantida pelas vacinas transformou a expectativa de vida no país. Devido à ação dos imunizantes, enfermidades infecciosas e altamente contagiosas como a varíola deixaram de contribuir para milhares de mortes. Com a criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), estima-se que a população brasileira ganhou mais 30 anos de existência.

Enfermeira e responsável técnica do IHEF Vacinas, Fabiana Porto (COREN/BA – 80794) ressalta que a vacinação é a principal responsável pela eliminação ou controle de doenças imunopreviníveis. “Isso porque estimula a produção de anticorpos, diminuindo a incidência e a probabilidade de proliferação do sarampo, coqueluche, hepatites A e B, HPV e meningite, por exemplo. Como resultado, temos redução no número de internações e óbitos”, afirma.

Apesar da importância, dados do Ministério da Saúde apontam que as aplicações do calendário adulto estão abaixo do necessário. Entre o público infantil, a situação não é diferente. Em 2024, somente três dos 19 imunizantes indicados para as crianças atingiram o estabelecido. As únicas vacinas que alcançaram a meta foram a BCG, o reforço da poliomielite e a tríplice viral, que previne contra sarampo, caxumba e rubéola.

Riscos das baixas na imunização

Na última década, especialistas têm chamado cada vez mais atenção para as expressivas quedas nas coberturas e crescimento do abandono vacinal. Fabiana Porto reforça que esse cenário eleva o risco de retorno da circulação de vírus e bactérias que comprometem a saúde coletiva.

“Quando as coberturas caem, as doenças que estavam eliminadas podem voltar a acometer a população e de forma mais grave”, enfatiza. É o caso da paralisia infantil, que afeta principalmente crianças menores de cinco anos. Erradicada na década de 1990, sua cobertura não atinge a meta mínima de 95% desde 2016, acendendo o alerta para possíveis surtos da pólio.

Para melhorar os índices de adesão, diversas campanhas focam no combate da falsa sensação de que as vacinas são dispensáveis. Datas como o Dia Nacional da Vacinação, celebrado em 17 de outubro, também são estratégicas para ampliar o acesso e disseminar informações confiáveis.

“Cada adulto que se vacina, automaticamente protege crianças, idosos e outros adultos. Todas as doses são seguras e realmente salvam vidas, pois passam por muitas pesquisas e testes antes de chegar até nós”, pontua a responsável técnica do IHEF Vacinas.

Fonte: Acorda Cidade

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