Veja quanto o trabalhador vai economizar com a nova dedução do Imposto de Renda

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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

 

A aprovação do projeto que altera as regras do Imposto de Renda vai beneficiar especialmente trabalhadores com salários de até R$ 7.350. Para quem recebe R$ 5 mil, por exemplo, o ganho mensal será de R$ 312,89 — mais de R$ 4 mil ao ano. O texto foi aprovado por unanimidade na Câmara dos Deputados.

Segundo o Sindifisco Nacional (Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal), a proposta não modifica a tabela progressiva do IR, mas cria uma dedução automática, o que na prática zera o imposto para quem recebe até R$ 5 mil mensais.

Para rendimentos entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350, será aplicada uma fórmula de redução (978,62 – 0,133145 × rendimento tributável), que diminui gradualmente o valor do imposto até extingui-lo nesse limite.

Impacto no bolso do trabalhador

  • R$ 5.000: isenção total, com ganho de R$ 312,89 por mês (mais de R$ 4.067 ao ano);

  • R$ 6.000: economia de R$ 181,75 mensais (cerca de R$ 2.300 ao ano);

  • R$ 7.000: redução de aproximadamente R$ 50 mensais (R$ 650 ao ano);

  • Acima de R$ 7.350: sem mudanças, o imposto continua igual.

O sindicato destaca que, como a tabela não é corrigida pela inflação, quem recebe acima de R$ 7.350 não terá qualquer benefício com a nova regra.

A entidade defende a criação de uma regra permanente de atualização da tabela, preferencialmente atrelada ao salário mínimo. Para 2026, a proposta da Lei Orçamentária enviada ao Congresso prevê que o salário mínimo será de R$ 1.631, o que traria um alívio marginal de R$ 13,56 por mês mesmo para quem está fora da faixa de isenção.

Há ainda a expectativa de que o Poder Executivo envie ao Congresso um projeto de lei criando uma política nacional de atualização da tabela do IRPF, com o objetivo de evitar novas distorções no sistema.

Por fim, o texto também garante que estados e municípios receberão repasses trimestrais da União, caso a arrecadação dos Fundos de Participação (FPM e FPE) seja afetada pela ampliação da isenção.

Fonte: Bahia.Ba

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