Imagem gerada por IA.
Acabei de reformar o meu apartamento e agora estou naquela fase gostosa de renovar os detalhes e deixar tudo perfeito. Para isso, tenho buscado vários itens de casa. Tudo, claro, pela internet. Afinal, é online que encontramos as melhores marcas, opções e, principalmente, preços.
Nessa jornada, descobri uma loja virtual incrível, especializada em grandes marcas. Do ponto de vista do marketing, eles fizeram tudo certo: tinham uma boa estratégia de tráfego e apareceram para mim no momento exato da busca. Quando entrei no perfil, mais uma boa surpresa: vídeos com o rosto dos empreendedores, posts bem produzidos, valorizando os produtos, e um número de seguidores de encher os olhos.
Como consumidora consciente que sou, fui fazer minha lição de casa: conferi se o site era seguro, pesquisei o nome da empresa no Google e dei aquela olhadinha básica no Reclame Aqui. Tudo certo, sem nenhuma bandeira vermelha.
E então veio o ponto alto: eles tinham os produtos que eu procurava com preços mais baixos que os concorrentes. E ainda ofereciam marcas exclusivas. Resolvi comprar.
Fiquei horas comparando opções, escolhendo cores, calculando o que cabia no bolso, imaginando quais pratos combinavam com os sousplats e o que deixaria minha “mesa posta” ainda mais charmosa. Porque, sim, servir bem virou um novo prazer por aqui.
Só que, na hora do checkout, veio o balde de água fria: o frete. Extremamente demorado (mais de uma semana) e ainda por cima elevava o valor final em mais de 10%. Fiz as contas e percebi que, comprando em um grande e-commerce com frete grátis, pagaria praticamente o mesmo e receberia o pacote no dia seguinte.
O papel da logística
Essa história vale mais do que mil pesquisas, e eu conto aqui por um motivo simples: se a sua política de frete for ruim, não tem marketing que salve. A não ser que você tenha um produto realmente exclusivo ou um preço tão abaixo do mercado que justifique o sacrifício, o seu cliente vai fugir.
E não sou só eu. Já devo ter trazido esse dado por aqui, mas não custa repetir (e repetir de novo): segundo uma pesquisa da NP Digital, o principal motivo de abandono de carrinho é o frete caro, citado por 41% dos consumidores. Em segundo lugar, empatados com 30%, estão os preços mais baixos da concorrência e os custos inesperados no checkout. O top 5 ainda traz o cliente indeciso (26%) e a entrega muito lenta (também com 26%). Vale lembrar que, como os entrevistados podiam marcar mais de uma opção, a soma das porcentagens ultrapassa 100%.
Buscar uma solução tem que ser a sua prioridade
O ponto é: existem hoje inúmeras soluções logísticas acessíveis para quem quer vender online com eficiência. Parcerias com hubs de distribuição, integração com marketplaces com logística própria, uso de transportadoras regionais, lockers, retirada em loja e até programas de frete compartilhado com outros lojistas são alternativas viáveis para melhorar prazos e reduzir custos.
Plataformas como Melhor Envio, Kangu, Frenet e Cubbo ajudam pequenos e médios e-commerces a negociar condições mais vantajosas. Sem falar em modelos como fulfillment, nos quais a operação de entrega é terceirizada para garantir agilidade e escala.
Se você quer vender mais, precisa tratar o frete como parte da experiência, e não como um detalhe deixado para o fim. Porque a jornada do consumidor não termina no clique. Ela só termina quando o pacote chega (rápido, previsível e sem susto) na porta da casa dele. E isso vale mais do que qualquer post bonito no Instagram.
Fonte: E-Commerce Brasil