Disposição para nada

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Numa manhã de julho acordei sem disposição para nada, significando isso produção zero. No entanto, surpreendentemente foi um dia frutífero. Recorri à minha esposa, querendo saber de alguma programação. Ela perguntou se eu não estava lembrado do convite para assistir, às 10h, um ensaio de uma aula de jazz que seria apresentado por um grupo de crianças, início previsto para as 10h do dia três de julho.

Na minha idade, confesso que ainda tenho agenda cheia, mas vários os motivos convenceram a ir até o Minas Tênis Clube. Além disso constava do elenco o nome de minha netinha, de 9 anos, como integrante do grupo, o que me compelia, por essa e outras razões, a não deixar de comparecer à apresentação. 

Saímos de casa em direção ao Minas Tênis. Surpresa!

E, aí, ao som da música, pude ouvir, imóvel, na minha cadeira de rodas, uma execução de bom nível dirigida por dois professores, um, controlando o ritmo, o outro encarregado do som. 

Veio-me, então, comparar minha situação vivencial com a daquelas crianças. Na flor da idade, e com toda vitalidade, elasticidade, movimento, graciosidade, associavam força, a força dos pés ao bater no tablado.

É!… A música faz uma criança dançar e o idoso meditar. Elo entre duas ou mais idades com seu ritmo e uma boa dose de nostalgia.
Fui, vi e venci. Nada como aproveitar as oportunidades e delas extrair reflexões que aparecem hoje em dia.

*Professor

“Este texto não reflete, necessariamente, a opinião”.

Fonte: Hoje em Dia

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