Imagem gerada por IA. / E-Commerce Brasil.
A reputação das marcas sempre foi um ativo estratégico. Agora, ela é mais do que isso: é um campo de batalha. A forma como empresas se posicionam, se comunicam e, principalmente, agem, está sendo constantemente avaliada por um público mais exigente, informado e engajado.
Gerenciar reputação, nesse contexto, é um desafio enorme. E, ao meu ver, é justamente isso que torna o momento tão promissor. Segundo o estudo “O Panorama da Gestão de Reputação Empresarial em 2025”, apenas 12% das empresas se consideram altamente preparadas para crises, com planos estruturados e simulações regulares. E quase metade (49,3) não mensura iniciativas de inovação.
Esses dados mostram um cenário desafiador e deixam claro: há muito espaço para diferenciação. Entre as tendências mais fortes apontadas pelo relatório, algumas se destacam:
– Maior integração da reputação à estratégia de negócios (50,7%);
– Foco em sustentabilidade e responsabilidade social (53,3%);
– Uso crescente de inteligência artificial para análise reputacional (62,7%);
– Importância crescente da reputação digital e da gestão de crises online (40%).
Esses movimentos mostram que a reputação deixou de ser apenas comunicação e passou a ser governança, dados, cultura e inovação. A boa notícia é que o público está mais atento.
A reputação como base do marketing
No campo do marketing, essa realidade significa que todas as peças da estratégia – de posicionamento de marca a campanhas de conteúdo – devem nascer de fundamentos sólidos de reputação. Hoje, não é suficiente criar comunicações impactantes; é preciso que elas reflitam ações concretas, consistentes com a promessa da marca. Por exemplo, um anúncio que exalte práticas sustentáveis perde credibilidade se não houver comprovação de redução de emissões ou de parcerias com fornecedores responsáveis. Nesse sentido, o marketing precisa atuar como elo entre a reputação corporativa e a percepção do consumidor.
Mensuração além do alcance e engajamento
Além disso, a mensuração de resultados deixou de ser apenas sobre métricas de alcance e engajamento. É fundamental incorporar métricas qualitativas, como percepção de transparência, confiança e alinhamento a valores. Segundo o Relatório Marcas e Política 2024 da Edelman Trust Barometer, 92% dos brasileiros consideram a reputação um fator importante ou decisivo na escolha de uma marca. Esse dado reforça o papel central dessa gestão como um ativo estratégico que pode determinar o sucesso ou o fracasso das empresas no mercado atual.
A reputação tornou-se uma construção viva, alimentada por cada ação da marca. Hoje, ela se forma em rede e, mais do que nunca, precisamos de marcas que se posicionam com verdade, que assumem responsabilidades e que agem com transparência. Nesse cenário, inovação e autenticidade não só conquistam a preferência, mas também deixam um legado em um mercado cada vez mais exigente e conectado. Por isso, o momento atual, apesar dos desafios, representa uma oportunidade única para transformar a reputação em um verdadeiro diferencial competitivo.
Fonte: E-Commerce Brasil