Hora de usar o campinho. Após o final do Baianão e a chegada de mais contratações, as equipes de Bahia e Vitória ganham corpo. Já é possível fazer uma projeção de como cada time deve iniciar as campanhas no Campeonato Brasileiro.
Desde o início do ano, o Tricolor já anunciou 18 reforços. O último a chegar foi o zagueiro Vitor Hugo, de 31 anos. Ao longo da semana passada, no entanto, Ademir, ex-Atlético-MG, e Thaciano, que atuava no Grêmio, já tinham sido anunciados pelo clube.
As contratações ocorreram em todos os setores do campo e muitos dos recém-chegados compõem o time titular de Renato Paiva. No gol, Marcos Felipe é absoluto e conta com a confiança do treinador. Sua qualidade e coragem para executar saídas de bola pelo chão – por mais que às vezes dê errado – é bem avaliada pela comissão. O comando técnico parece que acabou encontrando o melhor encaixe de jogo em um modelo com três zagueiros.
Raul Gustavo, do Corinthians, se lesionou ainda no início da campanha e abriu uma lacuna de zagueiro pela esquerda. O acerto com Vitor Hugo passa muito por uma aposta na linha de três. Ao lado do defensor que estava no futebol turco, Kanu e Marcos Victor, que vieram procedentes de Botafogo e Ceará, respectivamente, são as outras peças fortes para garantir a segurança defensiva.
A nova forma de jogar abriu um leque diferente de possibilidades para Paiva. Chávez, que vinha encontrando dificuldades para se adaptar como lateral esquerdo, ganha uma nova vida no Bahia quando deslocado para a função de ala pelo mesmo lado. Na direita, Jacaré se consolida na ala por um conjunto de bom desempenho e escassez de opções confiáveis na posição.
Como dupla de volantes, Rezende se firmou no primeiro trimestre após conviver com lesão. Ao lado dele, Thaciano deve ser utilizado como segundo volante. À frente dos dois, com a função de armar a equipe e também aparecer para concluir, Cauly Oliveira é consenso, devido a grande fase que vive o atleta.
O meia, que marcou um golaço na final contra o Jacuipense, registra quatro gols e duas assistências com a camisa do Esquadrão. A entrada do baiano de Porto Seguro no time agregou em construção, dinamismo e arremate, por isso, deve ter espaço com o grupo técnico português, apesar de que a chegada de Ademir e seu respectivo encaixe na equipe será uma dor de cabeça ‘boa’ para Renato resolver.
Na linha de frente, Biel é o melhor jogador em 2023 e dificilmente será desbancado, a princípio. Ao seu lado, terá Everaldo, que, apesar de muito criticado, é o artilheiro do time e registra o maior número de participações em gols – com 12 – entre todo o elenco.
E como vem o Leão?
Depois de um início de temporada muito complicado, muitas mudanças ocorreram no clube. Para 2023, 24 jogadores já foram contratados. Um número que começou o ano menor, mas que aumentou com as consecutivas eliminações.
No gol, Thiago Rodrigues estava sem clube e será o arqueiro Rubro-Negro na série B. Apenas ele, o zagueiro Wagner Leonardo, o volante Diego Fumaça e o meia Giovanni Augusto são reforços que têm perspectiva de chegar e assumir a titularidade de cara.
Outros atletas adquiridos, como Felipe Vieira, na lateral esquerda, e Zé Hugo, na ponta, podem brigar por vaga nos onze titulares, mas passam longe de serem certezas. Felipe concorre com Marcelo Nunes, outro recém-chegado. José, por sua vez, disputa com Osvaldo e Wellington Nem.
Dentre os remanescentes do elenco, alguns jogadores tem grande chance de permanecer com a titularidade. O beque Camutagana, por exemplo, compôs boa dupla de zaga com Wagner em tempos de Náutico e o entrosamento entre eles pode ser um fator decisivo. Zeca na lateral direita, Rodrigo Andrade na volância e Léo Gamalho como homem-gol, são mais nomes que já estavam na Toca do Leão e devem ser utilizados no início da série B.